En quoi le libéralisme est en contradiction avec le régime de la Restauration ?

« S uje t : L ’h is to ir e d u l ib éra lis m e s ’in scrit d ans u ne r é fle xio n s u r l ’é ta t e t s e s l im it e s p ar r a pport a ux d ro it s d es h om mes e t s u r c o m ment g ara ntir l a p aix e ntr e l e s i n div id us d e c u lt u re s, d e r e lig io ns o u d e c o ule urs p olit iq ues d if f é re nte s. L e l ib éra lis m e e st d onc n é d e l a v o lo nté d e v o ulo ir a rrê te r l e s g uerre s c iv ile s r e lig ie use s, e m pêch er l e s r é gim es a uto rit a ir e s e t l e s r é vo lu tio ns s a ngla nte s. L a r é vo lu tio n d e 1 789 a p ro fo ndém ent b oule ve rs é l ’e sp ace e uro péen. L 'a rm ée f r a nça is e p artie à l a c o nquête d e l ’E uro pe p our i m pla nte r l e s i d ées r é vo lu tio nnair e s i s su es d es l u m iè re s s ’e st t r a nsfo rm ée e n a rm ée d ’o ccu patio n e nnem i à c o m battr e e t à c h asse r. D ans t o ute l ’E uro pe, l a r é actio n d es p rin ce s e t d es r o is l a is se à p ense r q ue l 'é pis o de r é vo lu tio nnair e n ’e st q u’u ne p are nth èse . S uit e à l a d éfa it e d e N apolé on e n 1 814 d ura nt l a quelle l e f r è re d e L ouis X VI d evie nt r o i s o us l e n om d e L ouis X VIII, N apolé on t e nte d e r e pre ndre l e p ouvo ir p endant l e s C ents j o urs m ais s e ra v a in cu à W ate rlo o p ar l e s a rm ées d es p uis sa nce s e uro péennes. C elle s-c i o blig ent N apolé on à a bdiq uer l e 2 2 j u in 1 815 e t r é ta blis se nt L ouis X VIII. C ’e st l a R esta ura tio n, a ve c L ouis X VIII, p uis C harle s X . A in si, l e s b ourb ons s o nt d e r e to ur. A u c o ngrè s d e V ie nne d e s e pte m bre 1 814 à j u in 1 815, l e s c a rte s e uro péennes s e r e dessin ent, l e c o ngrè s d e V ie nne f a it f i d es r e ve ndic a tio ns t e rrit o ria le s d e n om bre ux p euple s c e q ui c o nduit a u d éve lo ppem ent d u s e ntim ent n atio nal. L es p rin ce s p re nnent d onc c o nscie nce d e l a n éce ssit é d e c o m battr e l e s i d ées l ib éra le s e t n atio nalis te s q ui v o nt t o ut d e m êm e s ’e nra cin er d ans la p re m iè re m oit ié d u 1 9èm e s iè cle . D ’a prè s l e d ocu m ent s o um is à n otr e é tu de, l e l ib éra lis m e e st c e ntr é s u r 3 d if f é re nts a sp ects . E n p re m ie r l ie u l e l ib éra lis m e p olit iq ue, q ui e st u ne t h éorie é co nom iq ue q ui s 'o ppose à l 'i n te rv e ntio n d e l 'É ta t d ans l a v ie é co nom iq ue e t s o cia le . E nsu it e , i l y a l e l ib éra lis m e p olit iq ue, u ne d octr in e e t u n s ystè m e p olit iq ues f o ndés s u r l 'é galit é d es c it o ye ns, l a r e co nnais sa nce e t l a m is e e n œ uvre d es l ib erté s p ubliq ues ( lib erté d e r é unio n, d 'o pin io n, d 'i n fo rm atio n e t d 'a sso cia tio n) e t l a d ém ocra tie . E nfin , l e l ib éra lis m e c u lt u re l e st u ne a ttit u de q ui r e sp ecte l a l ib erté d 'a utr u i e n t e rm es d 'o pin io n e t d e c o m porte m ent, i l s 'o ppose à l 'a uto rit a ris m e e t à l 'e ntê te m ent. T o us c e s d if f é re nts a sp ects , o nt é té i n sp ir é p ar d iv e rs e s s o urc e s d ’in sp ir a tio ns, q ui s o nt t o ut d ’a bord l e s l u m iè re s, a ve c d es p hilo so phes c o m me R ousse au, M onte sq uie u o u V olt a ir e a ya nt p our b ut l a c o nnais sa nce , l 'é galit é , l a l ib erté f a ce à l a s u pers tit io n, l 'i n to lé ra nce e t l a t y ra nnie . D e p lu s, a u R oya um e-U ni, l a m onarc h ie p arle m enta ir e a é té u ne i m porta nte s o urc e d 'i n sp ir a tio n. L e p ouvo ir d u r o i e st l im it é p ar l e p ouvo ir d u p arle m ent, t a ndis q ue l 'a rb it r a ir e e st l im it é p ar d es t e xte s g ara ntis sa nt l e s l ib erté s c iv ile s. C ette é vo lu tio n a é gale m ent r e ndu l a s it u atio n a u R oya um e-U ni t r è s d if f é re nte d e l a s it u atio n e n F ra nce . A in si, l e r é gim e b rit a nniq ue a i n flu encé l e s p hilo so phes d es L um iè re s, y c o m pris l e s p hilo so phes f r a nça is , q ui o nt r é flé ch i à u n p ays g ara nt d e l a l ib erté e t g ouve rn é p ar d es p rin cip es f o ndés s u r l a r a is o n. E n o utr e , n ous s a vo ns q ue l a R évo lu tio n f r a nça is e p rô ne l e s v a le urs d e l ib erté é galit é f r a te rn it é à t r a ve rs s e s d if f é re nts t e xte s f a rs t e l q ue l e c o de c iv il e t l a d écla ra tio n d es d ro it s d e l ’h om me e t d u c it o ye n. L a R évo lu tio n f r a nça is e a d onc a ussi é té u ne i n sp ir a tio n. E n s o m mes, n ous p ouvo ns d onc d ir e q ue l e p rin cip e d e l ib éra lis m e r e pose s u r l 'i d ée q ue c h acu n a d es d ro it s f o ndam enta ux q u'a ucu n p ouvo ir n 'a l e d ro it d e v io le r.. »