Acte III, scène 10, Cyrano de Bergerac, Edmond Rostand (1897)

« A cte I II, s c è n e 1 0 ( s c è n e d u b a lc o n ), C yra n o d e B erg era c, E d m on d R osta n d ( 1 8 9 7) ● A ccro ch e: E n 1 5 9 7, S h akesp ea re é crit l a t r a géd ie R om éo e t J u lie tt e .

L es p ro ta gon is te s, a m ou re u x, s e d écla re n t l e u r a m ou r l o rs d ’u n e s c è n e o ù J u lie tt e e st p la cé e e n h au te u r, s u r u n b a lc o n . ● A ute u r: é criv a in , p oète e t d ra m atu rg e r o m antiq u e E d m on d R osta n d ( 1 8 68 -1 9 18 ) ● O eu v re : C yra n o d e B erg era c ( 1 8 9 7) ● P la ce e x tr a it d an s r é cit : C yra n o, u n h om me é lo q u en t b ie n q u e r e p ou ssa nt, a im e s a c o u sin e R ox a n e.

M ais c e tt e d ern iè re e st a m ou re u se d u b ea u C hris tia n , à q u i e lle r e p ro ch e t o u te fo is d e n e p as s a v oir p arle r d ’a m ou r.

C yra n o, d is sim ulé a v ec C hris tia n s o u s l e b a lc o n d e R ox a n ne, d écid e d e l ’a id er e t d e s e f a ir e p asse r p ou r l u i. * L E C TU RE D U T EX TE* C om men t E d m on d R osta n d, e n c ro is a nt l e s r e g is tr e s, p arv ie n t-il à r é in v en te r l a s c è n e d u b a lc o n d e R om éo e t J u lie tt e ? ( 1 e r t e m ps: C yra n o t e n te d e s é d u ir e R ox a n ne v ia l a r h éto riq u e 2 n d t e m ps : C yra n o o u blie q u ’i l p arle a u n om d e C hris tia n e t s e p erd d an s s o n r ô le ). I . C yra n o t e n te d e s é d u ir e R ox a n e à t r a v ers l ’a rt d e l a r h éto riq u e ( r é p 1 à 2 2 ) A ) u n e d im en sio n l y riq u e p ré d om in ante B ) u n d is c o u rs d estin é à c o n v a in cre e t à r a ssu re r V ers E xtr a it P ro cé d é(s ) I n te rp ré ta tio n 1 R O XA N E, s 'a v a n ça nt s u r l e b a lc o n C ’e st v ou s? I n dic a tio n d id asc a lie s u r é lé m en t d u d éco r R = i m porta nte c a r p la cé e e n h au te u r p ar r a p port à s o n ( o u s e s) p ré te n dant(s ) R éfé re n ce é v id en te à R om éo e t J u lie tt e 3 , 1 1 e t 2 1 “ B ais e r”, “ U n b a is e r”, “ U n b a is e r” a n ap h ore d u n om “ b a is e r” = d ém on str a tio n p h ysiq u e d e l ’a m ou r, p la cé a u c e n tr e d u d is c o u rs d e C 1 5 -1 9 C 'e st u n s e cre t q u i p re n d l a b ou ch e p ou r o re il le , U n i n sta nt d 'i n fin i q u i f a it u n b ru it d 'a beil le , U ne c o m mun io n a y ant u n g oû t d e f le u r , U ne f a ço n d 'u n p eu s e r e sp ir e r l e c œ ur, E t d 'u n p eu s e g oû te r , a u b ord d es l è v re s , l 'â m e ! C L s e n s ( é v oca tio n o u ïe , t o u ch er e t o d ora t) é v oca tio n d e l a s e n su alit é. »